Mirtazapina
Introdução
A Mirtazapina é um antidepressivo do tipo seletivo de reuptake de noradrenalina e serotonina (SNRI). É usado para tratar depressão, distúrbios de ansiedade e insônia. Os efeitos da mirtazapina são devido aos seus efeitos sobre os neurotransmissores do sistema nervoso central (SNC).
Indicação
A Mirtazapina é usada clinicamente para o tratamento de depressão, distúrbios de ansiedade e insônia.
Mecanismo de ação
A Mirtazapina estimula receptores alfa 2-adrenérgicos e bloqueadores de canais de sódio. Estas atividades são responsáveis pela maioria dos efeitos desejáveis da mirtazapina, como bloqueio da recaptação de noradrenalina e serotonina, que influencia os sintomas da depressão.
Quanto tempo leva para fazer efeito?
A Mirtazapina leva várias semanas para começar a mostrar um efeito clinico. No entanto, os pacientes podem sentir melhorias no humor já na primeira semana de tratamento.
Absorção
A Mirtazapina é rapidamente absorvida após sua administração oral, com uma biodisponibilidade relativa de cerca de 65%. A absorção da mirtazapina não é afetada pelo uso concomitante de alimentos.
Metabolismo e eliminação
A Mirtazapina é metabolizada principalmente pelo sistema enzimático do citocromo P450, principalmente a isoforma CYP1A2. Os metabólitos principais do fármaco são N-desmetilmirtazapina, 8-hidroximirtazapina, 6-hidroximirtazapina e 6-hidroxidesmetildesmetilmirtazapina. A porcentagem excretada inalterada na urina foi de cerca de 5%. A meia-vida média da mirtazapina foi de 21 a 40 horas, variando entre os pacientes.
Dosagem
A dose usualmente recomendada começa com 15 a 30 mg de mirtazapina. A dosagem diária pode variar de 15 a 45 mg. Os efeitos desejáveis da mirtazapina têm sido observados com doses diárias de 30 mg ou menos. A dosagem máxima recomendada é de 45 mg.
Administração
A Mirtazapina é administrada por via oral, com ou sem comida. Pode ser administrada independentemente da refeição. A dosagem deve ser ajustada de acordo com a resposta do paciente. A droga deve ser administrada com cautela a pacientes com distúrbios cardíacos.
Efeitos colaterais
O uso da Mirtazapina pode causar efeitos secundários como sonolência, tontura, náusea, diarreia, constipação, perda de apetite, dores de cabeça, aumento de peso, vômitos, taquicardia, insônia, alterações na libido e problemas de visão.
Toxicidade
A Mirtazapina é considerada uma droga relativamente segura quando usada corretamente. No entanto, seu uso a longo prazo pode levar ao desenvolvimento de efeitos colaterais graves, como depressão, agitação, comportamento agressivo, delírio, desorientação e alucinações.
Precauções
Antes de usar a mirtazapina, informe seu médico sobre seu passado médico e medicamentos prescritos e sem receita. A mirtazapina deve ser usada com cautela em pacientes com histórico de drogas, álcool e suicídio. Esta droga também pode causar interações medicamentosas com outras drogas. Por isso, informe seu médico sobre todos os medicamentos que você está tomando.
Interação com doenças
O uso da mirtazapina pode exacerbar sintomas depressivos em pacientes com doença de Parkinson, epilepsia, mal de Alzheimer ou esquizofrenia. Pacientes com histórico de diabete devem controlar sua glicemia com regularidade durante o tratamento.
Interação medicamentosa
A mirtazapina não deve ser usada com outros antidepressivos (incluindo inhibidores da MAO e ISRS), medicamentos antipsicóticos, medicamentos para ansiedade ou medicamentos para dor. A mirtazapina também pode ter efeitos sedativos quando combinada com álcool ou outros depressores do SNC, por isso deve ser usada com cautela.
Interações medicamentosas
Existem alimentos que podem interagir com a mirtazapina, como alimentos ricos em proteínas, que prolongam a absorção do fármaco. A mirtazapina também é altamente interativa com medicamentos para tratar pressão alta, epilepsia e problemas cardíacos.
Uso na gravidez
A mirtazapina não é recomendada para uso durante a gravidez e o uso deve ser evitado, especialmente nos estágios iniciais da gravidez, devido aos riscos para o desenvolvimento do feto. Ela também pode levar a problemas de desenvolvimento no bebê, como síndrome de abstinência, dificuldades respiratórias e mudanças no comportamento.
Uso na lactação
A mirtazapina não deve ser usada durante a amamentação pois ela é passada para o bebê através do leite materno e pode afetar o desenvolvimento ou o comportamento da criança.
Supra-dosagem aguda
A mirtazapina pode causar efeitos tóxicos graves em caso de overdose acidental ou intencional, caracterizados por sintomas como sonolência, fraqueza, hipotensão, taquicardia, vômitos, convulsões, dormência na boca e respiração superficial. Deve-se tomar medidas imediatas em caso de suspeita de overdose.
Contra-indicações
A mirtazapina não deve ser utilizada por pacientes com alergias conhecidas às drogas ou que estão tomando outras drogas que são conhecidamente ineficazes com a mirtazapina.
Direção de uso
A mirtazapina deve ser tomada conforme indicado. É recomendável tomar a dose uma vez por dia, com ou sem comida. Evite sobredosagem, interrompa o uso da mirtazapina imediatamente se desenvolver sintomas de alergia ou efeitos colaterais antagonistas.
Condição de armazenamento
A mirtazapina deve ser armazenada em temperatura ambiente, protegida da luz e da umidade. Mantenha a embalagem em um lugar seguro, onde as crianças não possam alcançá-la.
Volume de distribuição
O volume de distribuição da mirtazapina gira em torno de 0.57-2.8L.
Meia-vida
A meia-vida da mirtazapina é de 21-40 horas, variando entre os pacientes.
Clearance
A taxa de clearance renal da mirtazapina é de cerca de 0.45L/h/kg.
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